tag:blogger.com,1999:blog-78078582619805343242024-03-14T04:35:40.140-03:00RolCarolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.comBlogger119125tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-18413881323824302452013-02-10T00:45:00.000-02:002013-02-10T01:00:24.518-02:00Só sei dançar com você.<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Entrei no meu quarto</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Apaguei a luz</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Desliguei a tv</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Deitei na cama</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quis ficar quietinha</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br />Quentinha, lembranças do dia anterior.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mil lembranças ficaram</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Você de banho tomado me deixando a sua mercê</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">armado apenas com seu sorriso.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br />E sorrio de olhos fechados,</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">a lembrança é doce e tão branca.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Fiquei tão sem palavras e você era</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">tudo que eu queria escutar.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br />Sexta não tinha que acabar,</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">deveria ser lei,</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">pular o carnaval nunca foi tão bom.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Fantasias do lado de fora, realidade do lado de dentro.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Meu corpo se embolando no outro,</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">dois virando o tempo de seis.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Abri os olhos, já não estava mais perto,</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">o tempo ganhou outros adversários.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A saudade se instaurou no lugar.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas...</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /><span style="background-color: white; line-height: 20.296875px;">Ouvi você dizer que</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 20.296875px;">Pra onde eu quiser ir, você vai...</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 20.296875px;">Largo tudo</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 20.296875px;">se a gente se casar domingo.</span></span>Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-64770647489922785072012-11-13T22:16:00.001-02:002012-11-13T22:16:20.333-02:00Amô.<br />
Numa festa o inesperado,<br />
o fogo se alimentando<br />
das dores já esquecidas.<br />
<br />
Uma bebida desconhecida<br />
e um cupido amante<br />
transformam a incoerência<br />
numa só vida.<br />
<br />
E um só gole transforma<br />
diversão em uma coisa séria.<br />
Um sono perdido numa noite<br />
encontrada.<br />
Charles a emitir gargalhadas<br />
e Nelson a ficar sem expressão.<br />
<br />
Um pedido inesperado<br />
centrado na certeza<br />
tempos depois a confirmar<br />
o número três em botões.<br />
Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-48245947919272785032012-09-08T02:19:00.001-03:002012-09-08T02:54:04.495-03:00Das cosias mais lindas que já conheci, só reconheci as tuas cores belas quando te vi...<div style="text-align: justify;">
Nesse 8 de setembro, estou tentando dizer qualquer coisa, qualquer palavra que caiba, mas ela já não existe, não vem, será que desaprendi a escrever? Talvez. Mas não é ruim, de maneira alguma. Parando pra pensar, em um mês, me ocorre o silêncio que está mais para paz, uma coisa boa de dentro que vem do outro, de você, meu anjo. Um mês e nenhuma palavra. Um mês e a vida já me fez entender que eu não preciso de palavras, eu preciso de você, de quem eu sou com você, principalmente, quer dizer, se eu souber distinguir um do outro. Meus dias são compostos de você, do seu sorriso quando beijo teu corpo, da forma como seus olhos brilham quando deito do teu lado, até o jeito de você pegar o cigarro me hipnotiza. O que te dizer? Que te amo e que a vida não passa da projeção dos seus gestos? Que vejo você no meu jeito, na esquina, com a cabeça encostada na janela do ônibus, numa sucessão de imagens projetadas na minha cabeça? E que de repente, o telefone toca com qualquer mensagem sua e sorrio, um sorriso timidamente sincero de quem sabe que a felicidade é uma visita bastante volúvel. E tudo é tão rápido, tão intenso e expansivo que vira um breve suspiro. Circunstancias improváveis, bebida largada, Cupido, Nelson Rodrigues, Cinelândia, saudade, sax, francês, Oz, Chaplin, sono, vontades, frio... caminhos que construo até você... Eu quero o silencio absoluto, contemplar você por inteiro. Estar inteira. Finalmente, a vida me fez entender que não preciso de palavras, ao contrário, sem elas, eu posso ser, na raiz da palavra, sabe? E quero ser cada vez mais afundada em teus ombros, com a mão grudada em seus cabelos, sentindo teu cheiro e gosto, ser da maneira única (e boa) de como o meu corpo se encaixa no seu. Quando foi mesmo que eu abri os meus olhos e encontrei você?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Eu não acreditava mais que o amor existisse, e a vida desmentia. — Caio Fernando Abreu<br />
</div>
Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-82949993614287267602012-08-21T02:08:00.000-03:002012-08-21T02:08:30.406-03:00É que eu também sou feita de deixar de ser.<br />
A fogueira joga suas chamas para o alto<br />
Aquece a noite fria<br />
O cupido latino bebe a diversão<br />
Esquecida e atira sua flecha<br />
<br />
[REFRÃO]<br />
Um beijo apaixonado de casal<br />
O leão dourado troca de lugar<br />
A serpente solta seu mortal veneno<br />
E a fogueira a queimar<br />
<br />
Cinderela salvadora dá<br />
Três passos coloridos para o céu<br />
Toma o mel divino<br />
E viva o morango anônimo<br />
<br />
Tudo que é perfeito nós pegamos num abraço<br />
E domingo finalmente ela veio<br />
Charles a não dizer palavras<br />
Em uma noite não dormida<br />
<br />
[REFRÃO]<br />
Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-39745660826969053312012-06-14T01:48:00.002-03:002012-06-14T01:54:50.601-03:00São pensamentos soltos traduzidos em palavras...<div style="text-align: justify;">
Talvez quando me cale, eu não queira dizer nada, talvez eu queira dizer tudo o que não devo. Você percebe e me pergunta, dou a resposta sincera: "eu não sei" e não sei mesmo, mas você não acredita e se cala também. Daí passam muitas coisas na minha cabeça, numa frequência extremamente irritante, sem qualquer ordem, sem qualquer organização, mas não sai, não pela boca. Toda vez que te ligo tenho um roteiro na cabeça, minha falas e até as suas, até que a sua voz me invade, esqueço o que tinha pra dizer de tão importante e me concentro em você, uma sucessão de silêncios antecedida de perguntas bobas. Me xingo, me torturo, me sacrifico quando você não vê, mas logo entendo o jogo com a vida: você não tem roteiro. Ainda tento me adaptar ao seu jeito, a um jeito só nosso, tenho que parar de te pedir desculpas e desaprender a fazer cara feia, eu sei, mas não resisto tem horas, caio em ciume, em carência, desatenção e impaciência... basta você decifrar. Sei que soa um tanto bobo, e é. Não ligo. Só preciso da sua atenção, dos seus olhos, do seu cheiro, do seu corpo e mais nada. Tenho milhões de coisas que precisam de conserto, nem sei se tem conserto, mas ando tentando. Preciso confessar: você me irrita quase na mesma intensidade em que me fascina, tem horas, mas sei que o contrário também acontece. Tanta enrolação pra dizer que sem cartas de amor, sem nomes, sem lembranças, sem qualquer indicio, tudo o que faria você sumir só faz você ficar, tanta coisa só pra te dizer que você me faz um bem, as vezes dizer parece bobo, por outras, parece pouco, na maioria das vezes, parece excesso de palavras. De qualquer forma, continua livre, continua bom, continua aqui, de uma maneira totalmente diferente de antes. Não se preocupe, eu não vou dizer palavras que você tem tanto medo de ouvir.</div>Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-43121057674449920102012-03-20T15:10:00.002-03:002012-03-20T15:10:39.984-03:00Feliz .<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;">Mesmo estando tão longe, ainda me sinto perto de você Carol.<br />
Mesmo nos falando tão pouco ultimamento, acho que a gente criou aquele tipo de laço inseparável, aquele que não mais se desata, haja o que houver, sabe?<br />
<br />
Aquele laço criado quando fomos um o pilar do outro em momentos difíceis. Um laço que me foi trazido pelo Tiago. Mas o nó, atamos sozinhos, só nos dois.<br />
<br />
Te sinto perto, tão, tão perto, que é como se mentalmente eu te mantivesse sempre ao meu lado e não no Rio de Janeiro.<br />
Não ache que não nos falarmos com frequência é sinal de esquecimento, não é para mim.<br />
<br />
O simples fato de eu estar na faculdade me remete a você. Porque te ouvi falando das aulas na faculdade antes mesmo de eu pensar em fazer faculdade. Sempre achei lindo você falando, utópico, sempre coloquei num patamar que era seu e não meu, o status Universitário. Agora, quando em aulas de semiótica, ouço todos os tipos de termos que devem ser frequentes em algumas das suas aulas. E me lembro de você me ensinando grego pelo msn, desenhando nossos alfas e nossos ômegas.<br />
<br />
Você é parte indissociável de mim, de forma que te carrego pra sempre. A voz da minha consciência, com certeza, tem sotaque carioca.<br />
<br />
Eu te amo, por me fazer amar o seu sotaque carioca. Não o sotaque carioca, mas o seu. Por me fazer reconhecer conforto na sua voz e por me fazer acreditar que Carol é Lar.<br />
<br />
Feliz Aniversário (assim generalizado, só escrito).<br />
Feliz Aniversário (com o sotaque carioca, que você deve ter ouvido dezenas de vezes hoje te parabenizar).<br />
E Feliz Aniversário (com meu sotaque paulistano, o mesmo do "biscoito", lembra?)<br />
<br />
Eu te amo, Carol. Parabéns por tudo, parabéns por ser incrível, inesquecível e minha amiga.<br />
<br />
Te amo outra vez!<br />
<br />
Boa noite </span>Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-91109078869666677312012-02-19T21:47:00.001-02:002012-06-14T01:25:49.574-03:00Mas o dia insiste em nascer...<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Medo de enfrentar um papel, de sentar para escrever, medo de voltar a sentir. Até que a vida impõe que se enfrente de frente, principalmente, aquilo que se tenta evitar. O ontem serviu para isso, o ontem, como dia mesmo, me serviu para por em cheque uma das questões mais cruciais comigo mesma, sem hipocrisia, sem terceiros, uma luta solitária com a participação de outros tantos fantasmas, fantasia de carnaval. A vontade que dá é de esconder, fugir, fingir, mas aceitei um desafio que a principio era só educação, aceitei. Abracei sem pensar aquele outro corpo, sem sentir o menor constrangimento, sem o menor pudor, quando acabou, meu rosto denunciou o que eu então não percebera. O corpo tinha um rosto, aqueles antigos olhos expressivos me olhando fixamente, me analisando, mas não tinha medo, ao contrário, tinha carinho, saudade, recordações, com as quais eu aprenderia a lidar depois, meu corpo tremeu, como na primeira vez, mas dessa vez, a ironia partiu de mim. Não tive conserto, eu sei, você percebeu de cara o meu desconforto, não faz mal. Aliás, nunca me fez mal algum. Ai, o carnaval não faz mal a ninguém, não faz mal... bem também não. Normal, normal é ver o quanto a gente se perdeu. Não queria nada de novo, mas ver, esse gesto tão simples que é o olhar resume de uma maneira também tão simples o que se esperava, te ver, saber de você.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Te enfrentar de frente foi apenas uma batalha, a luta viria mais tarde, comigo mesma, driblar os acertivos golpes de certas feridas, botar no calor da mente o peso de um sentimento por inteiro, uma carência que não cessa e aprender a renascer do resto de si mesmo deixado pelo outro, recusei todo o resto. Não perdi noites em claro, agradeço o cansaço do carnaval, não perdi um dia de domingo, não perdi também qualquer outro pedaço, os que você já tinha levado, não precisa mais devolver, me utilizei de diversos outros remendos, artifícios, qualquer coisa, não ficou novo não, mas funciona. O suficiente pra ter uma paz por inteiro nesse dia de domingo.</span></div>Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-40028300825355795082011-05-15T18:38:00.000-03:002011-05-15T18:38:38.564-03:00Endomingada .<div style="text-align: justify;">Me deu uma vontade de saber de você, mas a minha voz no telefone muda quando escuto a tua voz, me travo um pouco, tenho medo de algo soar errado e acabo soando toda errada, sendo um avesso do que sinto e recaio sobre o tédio de um dia como domingo. Eu passo pelo tédio, eu sou o tédio. Sua voz do outro lado ainda insiste, mas a minha resiste em se dizer em totalidade e fico chateada não com você que as vezes tenta, mas não sabe lidar com a minha confusão (não te culparia, nem eu mesma entendo as vezes), mas comigo que resisto a coisas maiores que eu mesma. Procuro no momento uma maneira de ser mais simples, não consigo e me consumo em raiva por não saber ser mais superficie. De todas as coisas que poderia te pedir, te peço desculpas, mil delas. Vou tentar ser um pouco mais direta na única coisa que sei direito, que tenho certeza: eu quero você! De qualquer jeito, de qualquer forma, de maneira inteira e se é bem verdade que te quero, também é verdade que eu não tenho outra ambição do que ser sua. Essa é a minha postura de te querer, sem vergonha, sem nexo, sem qualquer complicação, essa tem sido a minha verdade, a minha vontade, o único caminho que eu realmente quis aprender a seguir. Me acompanha?</div>Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-29087229051742285452011-04-26T20:57:00.001-03:002011-04-26T23:34:41.172-03:00O fato é que.Tava querendo você aqui, depois de apenas 5 horas sem te ver, eu sei, parece um pouco antecipado, um pouco desesperado, mas eu queria poder te contar tudo, me contar toda, deitar no teu ombro e dizer que você acontece em mim de uma maneira diferente, meio completa, como nenhum outro antes. Não tento dizer algo completamente, não quero a palavra gasta, quero mais dos gestos que aprendi a ler no teu corpo, nas tuas atitudes que me deixam a vontade de me acomodar não somente na curva do teu corpo, mas no meu próprio, já não fujo mais, não vejo necessidade, quero assumir meu cansaço no teu ombro, me jogar não mais de um abismo das coisas impossiveis, mas me jogar na tua cama e quero que deite ao meu lado, me diga o que tem vontade ou não diga nada. Hoje me conformo em não ser a mulher mais feliz do mundo, também não reconheço tristeza, hoje eu me conformo em ser eu mesma, acompanhada dessas variações de humor e alergias constantes, hoje quero olhar nos teus olhos e tentar descobrir se eles são cor de mel ou verdes e mais nada.Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-37730275912060499902011-04-21T00:49:00.001-03:002011-04-21T00:58:40.136-03:00Pra você eu digo sim.Se eu me apaixonar<br />
Vê se não vai debochar<br />
Da minha confusão<br />
Uma vez me apaixonei<br />
E não foi o que pensei<br />
Estou só, desde então...<br />
<br />
Se eu me entregar, total<br />
Meu medo é <br />
Você pensar que eu <br />
Sou superficial<br />
<br />
Se eu não fizer amor<br />
Assim sem mais<br />
Se você brigar e for<br />
Correndo atrás de alguém<br />
Não vou suportar a dor de ver<br />
Que eu perdi mais uma vez meu amor <br />
<br />
Mas se eu sentir que nós<br />
<br />
Estamos juntos<br />
Longe ou a sós no mundo e além<br />
Pode crer que tudo bem<br />
O amor só precisa de nós dois mais ninguém... <br />
<br />
Se você quiser ser meu namoradinho<br />
E me der o seu carinho sem ter fim<br />
Pra você eu digo sim! <br />
<br />
<em><strong>Rita Lee</strong></em>Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-8259490223858317182011-04-11T21:37:00.000-03:002011-04-11T21:37:13.362-03:00Mais comment puis-je me sentir bien ici en restant sobre ?<div style="text-align: justify;">Quando eu liguei, não esperava ouvir a sua voz, você pegou o telefone emprestado e eu tive medo, minha mão suou frio, meus olhos se encheram d'água e meus ouvidos que contemplavam o silêncio ouviram de repente você dizer o quanto era bom ouvir a minha voz. Antes que pudesse me desarmar inteira, eu enchi o peito de ar e a voz de orgulho, engoli a seco aquele choro, aquelas lembranças e fiz questão de botar a frente todo meu desdem, que não existe por você, jamais existiria, eu o inventei. Retomei ao silêncio, você também ficou quieto e quando tornou a falar, percebi que sua voz havia perdido aquela alegria quando atendeu o telefone, você ficou ligeiramente triste e eu dei qualquer desculpa para desligar logo, mas a minha vontade de chamar teu nome e desabafar tudo, tudo, tudo, as cartas não respondidas, os e-mails ignorados, tudo que eu deixei de ser porque seus olhos se ocuparam com outras coisas e como queria que você voltasse, ah, eu queria muito. Mas você não volta. Não é?</div><div style="text-align: justify;">Não olha mais no fundo dos meus olhos, eles não estão mais na altura dos teus, não me aperta mais em teus braços, porque antes eu já não me achava digna o suficiente para eles, agora eu tenho a certeza de que não tem mais nada em mim pra ser segurado em você. Eu daria tudo de novo para te chamar, mas as minhas atitudes me abafam, meu corpo pesa demais, já não tenho mais asas, já não tenho mais vontades, nem escrever me alivia mais, eu me perdi, tenho certeza de que eu atravessei aquela porta de vidro, tive que correr, tive que aniquilar a mim mesma no caminho para descobrir que eu era maior do que eu mesma e agora eu não sou quase nada. Me bate uma agonia, mas me acostumei, nesse poço fundo, eu me jogo ainda mais fundo, me misturo â aguas paradas que não verbalizam com ninguém, uma água presa em si mesma que se torna suja por não ser outra coisa, por aniquilar opções, até que alguém me invada bruscamente, mexa um pouco, bata para ficar um pouco mais limpa, mas que depois larga por ser menos importante. Vejo pessoas daqui de baixo, vejo meu coração me matando cada dia um pouco mais junto com o meu fígado, não me reconheço sóbria, vejo meus sonhos morrerem no travesseiro, eu não quero mais ser a menina que ri mais alto, que não está em casa de madrugada, mas também não quero ser eu mesma. Deixei de querer algo. Mas disso, você não sabe, não teria como saber, eu sei. Nem te interessa tanto assim, sejamos sinceros. Só não deixa de ler as minhas cartas, não deixa de olhar as minhas fotos, não deixa de ouvir a minha voz naquela canção que gravei pra você, não deixa de me achar linda, não deixa de me fazer chorar... quem sabe, um dia quem não volta sou eu?</div>Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-1756219201293305392011-03-22T17:10:00.002-03:002011-03-22T17:10:56.001-03:00Aonde moram os anjos ...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh6.googleusercontent.com/-w7pU3ydKqF0/TYkCFf0LQxI/AAAAAAAAAYI/eYoZwfIfS7o/s1600/Foto0919.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" r6="true" src="https://lh6.googleusercontent.com/-w7pU3ydKqF0/TYkCFf0LQxI/AAAAAAAAAYI/eYoZwfIfS7o/s320/Foto0919.jpg" width="240" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">...Ou onde se escondem quando choram . Eu choro .</div>Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-56103179259700703892011-01-30T00:48:00.000-02:002011-01-30T00:48:13.670-02:00A não palavra .Me pertubo sempre com alguém, são tantos nomes, tantos rostos, tão diferentes que me perco no sentimento igual de todos eles. Será que sou fraca? Tenho certeza de que vivo num eterno estado de renuncia, é sempre o tempo de renunciar, mas eu não a permito, como não permito a mim mesma. Está faltando alguma coisa e sei que não é nesse eterno preenchimento de vazios que vou encontra-la, porém, se me reconheço nesse mesmo vazio, não lido com ele. Não bato de frente, não o encaro de maneira justa ou sincera, espero sempre algo que não vem nem virá nunca. Eu sei. Esperar é o mal do meu tempo, um tempo que construí pra mim e não vivo, porque parece que o tempo não passa nessa enorme perda de dias. Existe uma parte de mim do lado de fora querendo entrar ou alguma do lao de dentro que deseja sair, não sei o que faço. Tenho medo da minha força e sou refem da minha covardia. Vivo num paralelo que não comporto e ando tão inquieta, tão falsamento aprendiz de uma realidade que não existe em outro lugar senão na minha cabeça. As mentiras mais sinceras foram aquelas que contei com os olhos e meus olhos não mentem, realidade inventada que vivo plenamente como personagem, nem atuar eu sei, não me engano. Tento preencher esse silêncio com sons automáticos do dia-a-dia, procuro me distrair na alienação das coisas todas, mas o silêncio grita e quando faz eco, se torna angustia, uma angustia de não saber ser outra coisa senão várias ao mesmo tempo. Me pergunto quando o chão do meu quarto ficará seco, ou meu travesseiro, quando deixarei de me contorcer toda, fecho os olhos numa possível fuga. Essa liberdade me assusta tanto ao ponto de querer me prender e tenho medo: tanto da liberdade quanto da jaula. Não me achei em nenhum dos dois. Não achei um jeito. Eu tenho medo é de mim, não sei do que sou capaz ou talvez saiba. Quando acordo, não sei a mascara que me veste, mas posso ser cruel - comigo mesma na maioria das vezes -, posso ser piedosa, posso me sentir linda ou horrorosa, por poder ser tantas coisas, eu escolho por ser nada agora. E tantas outras vezes. Me sufoco num travesseiro invisivel toda noite e me debato até a hora de dormir que por pouco não chega. Sou responsável por mim mesmo, apesar de me manter aos cuidados dos outros, sempre com promessas tão fieis a si mesmo que me soam tão falsas, mas prefiro acreditar, prefiro acreditar para ausentar-me de qualquer culpa aparente. E a culpa é toda minha. Gosto de mim em outras faces, são tantas, mas gosto de mim quando presto atenção no que sinto, quando o mundo é mais do que meus olhos, quando deixo de fazer parte dele e passo a sê-lo. Ir junto com tudo, pena que tenho sentido pouco, por opção as vezes. Sentir me cobra uma paciência que eu tenho e uma dor em que tento por limites para não ser devorada. Minha boca não acompanha o ritmo das palavras, firo quando me ausento do silêncio, me firo quando me entrego a ele. Preciso de um tempo, depois volto.Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-17878513426415979912011-01-29T23:05:00.000-02:002011-01-29T23:05:45.641-02:00<div style="text-align: justify;">Eu tinha perdido o ritmo do mundo, cansei de acompanhar festas, criar situações de encontros, foi um processo um pouco lento, vindo aos poucos, mas deixei me invandir, essa vontade de não forçar a barra com o mundo, principalmente, com as pessoas. Aprendi a caminhar sozinha, sobre duas pernas e somente dois olhos, sem me importar com o certo ou com o errado, conceitos pra mim totalmente equivocados, diga-se de passagem. Também não sei se foi um aprendizado válido, mas a verdade é que aprendi a agir dentro do tempo, do meu tempo à passos um tanto rápidos, mas sem tropeços. De repente, perdendo tantas memórias, tantas ligações, tantos convites e até pessoas, por que não? É que eu não esperava que as vezes é justamente abrindo mão e de esperar é que a gente mais ganha. E eu ganhei. Ganhei um tempo pra mim, ganhei livros, filmes, ganhei paz de espirito, ganhei tantas outras coisas que não teria tempo de explicar e quando meu coração estava se acostumando a ficar quieto, sozinho, se acostumando a se recuperar de traumas de um passado tão recente, e outros nem tanto, Deus me deu uma possbilidade. Ando agradecida por tudo. Uma possbilidade de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida, ou uma espécie de. Tenho a sensação de ter me recuperado de um eterno ar de cansaço, não ando nova em folha, mas recuperei carinho, mãos dadas, cheiro, beijos, noites mal dormidas, noites bem dormidas também, caras amassadas, cinema numa terça qualquer e aquele friozinho na barriga bobo e um pedido de namoro. E de todas as expectativas de ficar até o meio do ano, de manter esse sorriso bobo no meio da tarde, não existiu nenhuma, o sorriso continua, a paz de espirito nem tanto, mas tudo que veio depois ficou. E a ausência de expectativas só trouxe a certeza de que tinha data de validade. E essa era curta. Não é justo, confesso, mas também confesso que já sabia. O máximo que me ocorre agora é contar os dias, não faltam mais que dois ou três, não me desespero, mas também não fico tranquila, acho que no fundo não estamos acostumados nunca a despedidas. Pois devia, logo eu, que no caminho perdi tantas pessoas sem motivo, entretanto, quantas foram as oportunidades de despedida? É natural as pessoas se perderem, as pessoas se encontrarem, o que não é natural é esse adeus que não quero dar.</div>Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-86282779142872284472011-01-26T23:56:00.000-02:002011-01-26T23:56:08.308-02:00Head Over Feet .<strong>Eu não tive escolha a não ser ouvir você, você contou sua história sem parar. Eu pensei sobre ela. Você me trata como uma princesa, eu não estou acostumada a gostar disso, você me pergunta como foi meu dia.</strong><br />
<strong>Você já me conquistou mesmo contra a minha vontade, não se assuste se eu me apaixonar, não se surpreenda se eu lhe amar por tudo o que você é, eu não pude evitar e é tudo culpa sua.</strong><br />
<strong>Seu amor é enorme e me engoliu inteira, você é muito mais corajoso do que eu pensava e isso não é da boca pra fora.</strong><br />
<strong>Você é o mensageiro de coisas incondicionais, você segurou a respiração e a porta para mim. Obrigada pela sua paciência.</strong><br />
<strong>Você é o melhor ouvinte que eu já conheci, você é meu melhor amigo, melhor amigo com vantagens. O que me fez demorar tanto?</strong><br />
<strong>Eu nunca tinha me sentido tão bem assim, eu nunca quis algo racional, eu sei disso agora, eu sei disso agora .</strong><br />
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<em><strong>Alanis Morissette .</strong></em>Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-30663374710250076742011-01-21T12:30:00.000-02:002011-01-21T12:30:05.069-02:00rasgou a ultima pagina do livropra acabar com a vida dos personagens antes<br />
que acabasse com a própria.<br />
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Marcelo Poppolino .Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-16623707944680381952011-01-05T19:59:00.002-02:002011-01-05T19:59:48.290-02:00Começo a reconhecer em mim algo pretencioso que arrisco chamar de felicidade...Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-82290672008764453272010-12-29T22:35:00.003-02:002010-12-29T22:53:23.562-02:00Não sabia-se de outro jeito .<div style="text-align: justify;">Acordou com o dia nublado, olhou no relógio e percebeu que eram nove horas da manhã, apesar do cansaço e de achar justo dormir mais quatro horas, já que havia sofrido de uma insonia terrivel que durou até as cinco da manhã, Luisa decidiu levantar. Levantou, constatou que sua cabeça continuava perdida nas informações do dia anterior, uma mentira e um convite completamente recusavel. Quis que aqueles pensamentos parassem, mas não teve jeito, parada em frente a geladeira, sabia que eles viriam e tomariam conta da sua mente tão cansada quanto o corpo, foi quando constatou: não havia leite. Decidiu não tomar café da manhã, não era tão importante assim, até porque não acharia qualquer outra coisa melhor que leite. Sentou no sofá de frente para a tevê LCD nova e decidiu assistir o que havia deixado gravando na noite anterior, um filme de Charlie Chaplin, "O Grande Ditador". A principio queria deixar-se levar, queria ficar muda dentro dela mesma como no filme, não conseguiu de primeira, mas depois sem toda a preparação e o esforço, ela havia se esquecido. Luisa adorava filmes em preto&branco, adorava tudo que havia de mais sensível em termos de gestos e escassas palavras, gostava ainda mais do musicais e filmes mudos. Era a única maneira de ser por completo, não havia outro. Detestava finais óbvios demais, ela queria pensar, sentir, ela queria ser tudo o que não podia. Ela conseguia. Término do filme e Luisa percebeu que o seu dia nem havia começado, ainda com a cara amassada (bem menos quando acordou, mas ainda assim amassada), um pijama e com o cabelo despenteado, ela não havia planejado o seu dia. Ainda achando justo ficar nessa vida suspensa, o gesto seguinte foi maior que ela mesma, se arrumou, penteou, se perfumou e recebeu uma ligação. Chegou ao metrô, trocou o dinheiro inteiro no guiché e se atrapalhando toda - um charme dela - deixou cair uma moeda ao chão, quando pisou em cima e arrastou-a até a si mesma, percebeu o esforço de um garoto com cerca de 20 anos ao tentar pega-la para lhe dar, ora, não havia porque ser tão resistente, tirou o pé da moeda e permitiu tal gesto, ele não pensou duas vezes, pegou a moeda de valor muito baixo e a entregou olhando no fundo dos seus olhos e a única coisa que veio a mente dela foi: "Obrigada", mas demorou a sair, coisa que fez ele sorrir ainda olhando pra ela. Luisa era ua menina bonita, não tinha nada de tão diferente em aparência, mas era elegante e tinha isso a seu favor. Sua vontade foi perguntar o nome dele, se dizer maluca logo de cara, porém, isso o faria perceber na própria fala, bolou dialogos estratégicos, percebeu que ele havia se interessado, estava na hora de conhecer pessoas novas, mas tudo que havia criado foi interrompido pelo vagão que havia chegado. Ele entrou e ainda tentou ve-la de maneira discreta do lado de dentro, ela não disfarçou, mas precisou ficar mais um pouco na plataforma. Foi até o centro da cidade, ao teatro Municipal, lugar lindíssimo, e constatou a importância de Portinari com sua exposição naquela fila quilométrica na Av. Rio Branco, mas nem isso deteve o seu dia, atravessou a rua e foi até a Biblioteca Nacional, também não se importaria em não ter mais vagas nos horários de visitação. Saiu dali e encontrando mais três amigas foram tomar o café a qual não havia dado tempo nos cafés coloniais do centro do Rio de Janeiro, conversou, riu, brincou, esqueceu de tantas coisas que lhe importunavam pela manhã, ela não havia percebido. O mero acaso era a sua felicidade, ela sabia onde encontrar o que tanto amava, era no acaso e não havia jeito, nas pequenas coisas ela foi se entregando durante o dia, sem perceber abria sorrisos quando via um moço parecido com aquele de outros tempos, se recolhia um pouco quando passava em frente ao Odeon, onde o esperou da penúltima vez que se viram por uma hora, ria com histórias passadas na sua cabeça e seus olhos brilhavam quando ouvia qualquer música. Ela não percebeu, mas aquilo era sua felicidade, ao extremo acaso, assim com ela. Mas ainda era cedo e não voltaria para casa. Pegou um outro ônibus e recebeu outra ligação, eram seus amigos que não via fazia tempo, sentiu saudade, só a reconheceu quando desligou. Foi ao encontro deles. Conheceu pessoas novas, riram, percebeu o quanto era amada e o quanto amava aquelas pessoas, caminhou aos poucos e só perdeu o acaso quando pronunciou também ao acaso o nome dele, depois disso, percebeu-se saudade. Ainda que se desse o direito de sofrer um pouco, sentir um pouco ou ficar mais calada, ela seguiu em frente, recuperou a sanidade. O ano novo estava chegando e seria necessário uma roupa nova, saiu de loja em loja comprando, comprou sorvete e tudo o mais que estava afim. Ela podia comer de tudo, não engordava nenhuma grama, não era genético, nem sorte, ela tinha auto-controle, desde cedo sabia distinguir a fome da vontade de comer e não se importava muito com a alimentação. O acaso regia mais que seu dia, mas a sua vida. Quando percebeu as horas, voltou para casa. Ninguém a havia pertubado, não havia planejado nada, seu corpo estava exausto demais, tudo que precisava era de banho e cama, ela tinha certeza de que essa noite dormiria bem, em paz, feliz consigo mesma, entretanto, havia um preço alto a se pagar: voltar para qualquer traço de normalidade (e tédio) no dia seguinte. E no espaço entre os dois gestos, nos espaços mudos de suas falas, ela pensou nele, não tinha mais forças para lutar contra, mesmo que quisesse, não queria. Se permitiu sentir cada pedaço do corpo dele, se permitiu aos arrepios, ao tesão, ela se entregou a ele como fez na outra noite: era seu corpo dormindo ao lado do seu, a cara inchada de manhã, a reclamação ao abrir a cortina, o simples 'bom dia' antes de voltar a dormir... tudo. Ainda o tudo não era suficiente. Talvez Luisa o amasse, mas não era o amor que ela via jogado no passar dos dias, mas a beleza, a graça, algo diferente que ele havia acrescentado a sua vida, o antídoto do tédio que era a monotonia de sua vida, ela não se esquecia de quem era com ele, ela só não achava outro jeito.</div>Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-75009203709347349212010-12-20T00:42:00.000-02:002010-12-20T00:42:25.377-02:00.Ando triste demais, é tudo que sei . Minhas cartas não tem mais destinatário, penso agora na covardia da noite, que nunca tiveram, elas sempre foram mandadas, mas nunca correspondidas. É, tenho pensado até que ando meio louca, fazendo coisas sem muito sentido, amando sem a menor vontade da outra pessoa e que meus amigos todos são imaginários. Mas a tristeza é um fato, isso eu sei. Não faz mal, continuo regando as plantas, andando rápido na rua, ouvindo música, esbarrando em desconhecidos, lendo livros... coisas normais, coisas que garantem a minha sanidade, por enquanto. Cada dia eu passo a entender menos a minha própria vida, como se não me entender não fosse o suficiente, não consigo entender nada a minha volta, nem as pessoas, nem o que estiver pelo caminho. Complicado isso, não? Eu vi o que eu sentia morrer na minha frente, eu vi sem lágrima alguma o muito que eu tinha se transformar em quase nada, eu vi, apenas vi e não pude fazer nada. Na verdade, confessando aqui no íntimo da folha, eu não quis, entende? É, eu não quis fazer nada mesmo. Assim, puramente isso, sem motivo algum. E dane-se. Tudo e o resto.Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-87085548163938016822010-12-16T21:34:00.001-02:002010-12-16T21:35:21.205-02:00Mil PedaçosEu não me perdi e mesmo assim você me abandonou.<br />
Você quis partir e agora estou sozinho<br />
Mas vou me acostumar com o silêncio em casa com um prato só na mesa.<br />
<br />
Eu não me perdi o Sândalo perfuma o machado que o feriu<br />
Adeus, adeus, adeus meu grande amor.<br />
<br />
E tanto faz de tudo o que ficou guardo um retrato teu <br />
E a saudade mais bonita.<br />
<br />
Eu não me perdi e mesmo assim ninguém me perdoou.<br />
Pobre coração - quando o teu estava comigo era tão bom.<br />
<br />
Não sei por quê acontece assim e é sem querer<br />
O que não era pra ser: Vou fugir dessa dor.<br />
Meu amor, se quiseres voltar - volta não <br />
Porque me quebraste em mil pedaços. <br />
<br />
Legião UrbanaCarolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-5447031129669246562010-12-15T21:31:00.002-02:002010-12-15T21:33:06.176-02:00Mas vou me acostumar .Era bem verdade que durante o dia eu não sentia falta dele. Como era verdade também que eu não ligava pra ele para deixa-lo adormecido, esquecido de mim e que não me ligasse de volta. Não sei o que pretendia. Acho que era despretensão de nada mesmo, ou talvez, só solidão. Mas também era verdade que se ele passava dias sem me ligar, eu ficava jogada na cama sem forças pra levantar, olhando a tela do celular me perguntando porque ele não gostava de mim o suficiente para discar somente oito números ou mandar uma mensagem qualquer que pudesse quem sabe revirar meus olhos. Ainda que fosse pra ignorar. Era verdade também que havia marcado de sair com outros, tantos outros, passados outros, fantasmas outros, possibilidades, aqueles a quem eu admirava por alguma característica ou outra. Eles não conseguiam ser inteiros. Daí chegava o dia marcado e eu me sentia culpada, me sentia traindo, me sentia desonesta, acredito que não era pra menos. Os encontros quase sempre davam errado, numa espécie de aviso, mas aqueles que conseguiram ir além do quase, se concretizaram em culpa. Olhava nos olhos dele com a cara mais deslavada que encontrava e mentia em cada beijo o que o silêncio me condenava. Passaram muitos os dias sem ve-lo, passou também a raiva, o medo, a insegurança, o desgosto, como numa caixa de pandora, sinto que ao fecha-la, deixei por lá a saudade, ou até mesmo (e por que não?) a esperança, como na história original. Nunca saíram. Fui me perdendo toda vez que o encontrava, fui me perdendo também quando ele não apareceia, deixei de ser eu mesma já fazia um tempo e não recordava a última vez, recordações também foram pensando demais pelo caminho, já não lembrava de mais nada, nada mesmo, lugar, nome, rua, cidade, nomes, nada, me tornei uma espécie de pessoa que procura referências pra se achar, uma estrangeira perdida dentro do meu próprio corpo, dentro das minhas mágoas, dentro da minha solidão e a mesquinharia que ela me trazia num esforço de ter sempre minha mente vazia e um copo cheio. Descobri: meu fígado era muito resistente, mas meu coração não.<br />
<br />
Fui me deixando enlouquecer estando completamente lúcida, uma dor, uma sombriedade, uma tristeza, acredito que no fundo - quem sobreviveu até lá (quase ninguém) - eu não tenha passado disso, só tinha aprendido de uma maneira muito cretinar a rir da vida como ela nunca tinha rido pra mim, somente de mim. Meu caminho tinha muitas veredas, peguei justamente as erradas sem saber quais eram a certas e me cansei, melhor andar em linha reta, mas em linha reta não se pode muito longe, não é mesmo? Nunca tinha existido em alguém que não tivesse existido em mim, todos que a mim passaram deixaram sua marca de alguma forma, mas houve um tempo, um momento exato que eu deixei passar, ou fui passada por ele, em que além da minha memória, eu perdi a capacidade de carregar os outros, excesso de bagagem. E me arrastei sozinha, cansada mesmo. Reclamo pouco, bem menos que antes, não sei se é melhor assim, porém, é o caminho de agora. Não sou mais feitas de escolhas, sou maleavel, ando junto com o vento, com o tempo das coisas, perdi traços de racionalidade, perdi a humanidade excessiva, perdi a amizade de alguns, perdi o sorriso de outros, não encontrei outros, bem verdade que também não procurei, mas não me reconheço nessa falta de esforço. O que abriga em mim é mera coincidência. E me prendo a ele agora, não na esperança de não morrer sozinha, mas acho que na tentativa ocasional de sentir alguma coisa a qual não faço a menor ideia de como era. Ele é uma pessoa boa, totalmente diferente de mim, tem me feito rir um pouco, pelo menos, sair de casa, apesar de todas as desculpas, chega um dia que a gente não tem mais desculpas, né? E vai mesmo. Eu sei que em outros tempos, eu estaria encantada por ele, estaria eufórica pela maneira como ele me trata. Hoje não, eu só acho bom. Há cada cena de filme que identifico, mas deixo passar, deixo o filme se arrastar até a cena seguinte, Cazuza estava certissimo, o nosso amor - essa espécie muito porca de amor - a gente inventa pra se distrair e quando acabar, eu vou pensar que ele nunca existiu. Ainda que tudo mude. <br />
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Não sei se me abalei por muito pouco ou as pessoas foram mudando de uma forma um tanto cretina, as mascaram caíram, não é mais tempo de carnaval. Não sei o que houve, também não sei se quero saber mais. Não, eu sei, não quero. Deixo passar como a maioria das dores que ficam: se tornam cada vez mais dores que não soluciono. E deixo. Um dia elas param de doer, um dia também se cansam de serem dores. Como se fosse verdade. No máximo, elas cansaram de existir como eu, mas continuarão existindo. E não posso fazer nada. Não lembro em que página do livros eu parei, aliás, dos livros, deixei vários incompletos por ler, peguei um, abri outro, reli outro, tudo pela metade. Tenho vivido justamente assim, pela metade, sem levar coisa alguma ao fim. Vai chegar o verão, ainda como começo, eu detesto o verão, exceto pelas férias, mas não há nada de muito proveitoso no verão, ou faz um sol horroroso que agita minhas celular canceriginas ou só faz chuver, nada contra a chuva, ao contrário, mas ela não combina fora de época, porque não refresca. Talvez ela seja igual a mim, só esteja acontecendo no momento errado, né? Não sei. Sinto falta dos meus amigos, dos meus filmes, de alguns livros, mas esses estão ocupados, sumiram ou ficaram pela metade, não necessariamente nessa ordem. Ah, solidão é o começo do verão, das férias, já que ele trabalha nesse mesmo períodoo também, procurar outra distração quando não te resta quase nada é um trabalho terrivel, na qual não sei se terei tempo de executar, mas até o final tanta coisa acontece, muita gente morre, nasce, muitos dramas, muitas descobertas... Até o final a gente sobrevive como se fosse o fim. Mas não é. A vida sobrevive sem a gente, a gente é que não sai vivo dessa sem ela.Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-40324404428266030412010-12-08T20:27:00.002-02:002010-12-08T20:27:48.342-02:00Como é misterioso o país das lágrimas .<span class="GBDTI5ADIMC ugc">Artur, por favor, aparece. Eu sei que você não é mero fruto da minha imaginação, eu suplico, imploro que voce apareça imediatamente, é uma ordem, fecho os olhos em desespero no meio das lágrimas e confirmo: você é real. Me apavoro com tamanha realidade e você não está. Mera projeção do que eu sinto e você também não é isso, porque eu deixei de sentir algo bom já faz tempo. Tento como último recurso a memória, tento me lembrar do que você diria caso estivesse aqui e não funciona, você não está mesmo. Talvez quando leia isso seja um pouco tarde, talvez eu tenha morrido em alguma coisa mais um pouco e você achará que estarei viva e será mero descaso. Não faz mal. Aliás, faz mal sim, estou tentando desistir de novo, é, eu ainda não acabei com aquela dramaticidade toda nem aquela palhaçada da desistência, mas dessa vez eu juro que não é pra te chamar atenção, antes fosse, você viria correndo e dessa vez você não vem. Não, não se sinta culpado nem fique preocupado, só está me dando uma vontade de gritar, desabafar, por isso te escrevo, em você (e somente você) eu confio, sabe que eu não sou muito de ter amigos, apesar de ter os melhores. Estou verdadeiramente triste, talvez se alegre um pouco com a noticia de que eu tenho conseguido disfarçar bastante, tenh tentado me distrair também, mas até as distrações são solitárias, né? Você não tem qualquer parcela de culpa nisso, você não tem nada a ver, na verdade, mas recorrendo a você eu tento me lembrar, me sentir, me ver da maneira bonita que eu era, até mais que isso, tento fingir que é real que vale a pena .</span>Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-8802014997217994862010-12-06T18:34:00.000-02:002010-12-06T18:34:19.906-02:00Take me down .Leve-me ao chão, para as profundezas,<br />
Não vai me levar ao mais fundo, para as profundezas<br />
Por que, oh, por que, não há luz<br />
E se eu não puder dormir, você pode guardar minha vida<br />
E tudo que vejo é...você<br />
Pegue minha mão, eu me perdi no mesmo lugar que comecei<br />
Em meu coração conheço todos os meus erros<br />
Você irá me ajudar a entender<br />
E eu acredito em você<br />
Você é minha outra metade<br />
Limpa e curada...<br />
Quando você dorme, quando você sonha,<br />
Eu estarei lá se você de mim precisar, sempre que ouvir você cantar...<br />
Lá, há um sol, e ele virá,o sol, eu posso ouvi-lo me chamando baixinho,<br />
Eu a tive uma vez, um amar de apenas uma vez, e a vida tinha apenas começado,<br />
E você é tudo o que vejo...<br />
E os trumpets soam, os anjos voam, no outro lado<br />
e você é tudo o que vejo, e tudo que preciso é você<br />
Lá sou um amor que deus colocou em seu coração. <br />
<br />
(Smashing Pumpikins)Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-11641917416891473872010-12-04T15:52:00.001-02:002010-12-04T16:01:43.917-02:0034 .- Hoje eu parei e fiquei rindo em frente a uma calça 34, daí a mulher atrás de mim me catucou porque eu estava atravancando a fila.<br />
- e qual o problema de vestir 34? u.u <br />
- É que eu adoro quando você aparece assim no meu dia.Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7807858261980534324.post-16853759898820220222010-12-01T18:53:00.002-02:002010-12-01T23:31:19.381-02:002/12 - Como é misterioso o país da saudade .Lembro do Tiago no aeroporto, fui busca-lo às 8 hrs da manhã, o tempo dentro daquela enorme plataforma de espera, vontade, sonhos, desejos, fugas era uma eternidade, mas esperaria o tempo que fosse preciso e ele era, exatamente 3 anos que eu o conhecia, sabia dele, tinha ouvido falar, mas ver mesmo, ia ser a primeira. Preparei uma porção de discursos mentais, ensaiei emoções, prontifiquei abraços e planejava segurar o choro, sabendo que não conseguiria de qualquer maneira, mas fingir era a maneira mais sincera de distrair, não consegui por muito tempo, meus olhos procuraram o acaso no ponteiro do relógio, era cedo ainda. De repente o brinquedo que eu ficava admirando através de uma vitrine ia ser meu, já era meu antes, sem toca-lo, sabia da sua honestidade com a necessidade que eu criava todos os dias ao passar, agora seria palpavel. Conseguiria descreve-lo fisicamente, meu amor não teria só nome, sobrenome nem carater, mas teria um rosto. Era lindo, muito branco, muito alto, muito engraçado, embora isso só perceberia depois, era um pouco desengonçado e chorava, chorava mais do que eu. Depois de choros, abraços, encontro, deitamos diante da Lagoa, no píer, a gente ria muito das coisas, das pessoas, do tempo, talvez os de fora se perguntassem de onde viria tanta alegria ou tanto desespero, mas ignoramos e ríamos. Discutiamos coisas sem a menor importância e compartilhavamos o mesmo pavor por caldo de cana. Ríamos do nosso sotaque. Ríamos da vida numa espécie de vingança por ter feito a crueldade geográfica de nos mantermos assim tão (perto) um do outro. Depois paramos, soluçamos por alguns minutos e nos olhamos como quem soubesse que a vida não deixa barato, ela iria rir de volta e não seria por simpatia. A gente tem todo o tempo do mundo, somos tão jovens, mas naquele dia, tinhamos tão pouco tempo e te perguntei quando é que aconteceríamos por inteiro e você respondeu que a eternidade não era questão de tempo, que haviamos sido condenados a eternidade naquele abraço, ele tinha matado a gente de saudade e nasciamos dessa mesma saudade, era por tanto questão de reencontro. Eu sorri, na certeza de que nosso encontro estava no "eu te amo", então, não demoraria tanto. E eu te amei muito naquele dia, talvez não tenha dito, não houve necessidade de afirmar o óbvio. Pôr do sol no arpoador, sorvete na praça, livros e mais livros misturado ao café em nossas mesas, troca, conforto, certeza, como estavamos lindos juntos, como eramos uma coisa só, eu você e o mundo. Deixamos de acontecer como todas as outras coisas, mas não demos o braço a torcer, continuamos bonitos, chorosos demais, saudosos demais, doídos demais, mas ainda assim, lindos. Eu era um espantalho, precisei de um cerebro pra guardar memórias, eu era uma menina que poderia ver além do arco íris que havia compreendido que não há lugar melhor do que nosso lar e encontrei meu lar, eu era leão cheio de coragem, mas com o breve reconhecimento de uma covardia de te perder e por fim, eu fui um homem de lata, soube da existência do meu coração porque ele estava se partindo.<br />
E você foi embora quase que na mesma hora em que eu acordei, foi um sonho lindo, estava o mesmo calor que no dia em que te encontrei, sorri sabendo que reclamaria se estivesse ali, era dia 2 de dezembro, conferi ainda no calendário, não era meu aniversário e de longe o meu mês favorito, mas eu havia te encontrado, eu havia descoberto o preço da felicidade, eu havia sido cativada e havia aprendido a ver bem com o coração (só existe essa maneira, agora eu sei). Dia 2 de dezembro, no Rio de Janeiro, São Paulo, Paris, Londres, onde a gente tiver que acontecer, acontece, e enquanto isso, preparo o meu ritual, é preciso preparar o coração, me diria a raposa. Já não há campos de trigo, já não preciso das estrelas, mas existe saudade e mesmo querendo esquecer, ela bate a minha porta o tempo inteiro me lembrando que eu tenho um compromisso inadiavel com a vida. Parabéns, meu amor, feliz aniversário (de morte pra você e de vida pra mim... brincadeira).<br />
P.s: Da próxima vez, não venha de jaqueta de couro no verão do Rio de Janeiro, nem reclame tanto do sol, uma hora você se acostuma e talvez até ache que a luz que invade o teu rosto e queima é um beijo meu, invasivo mesmo, não te pediria licença, você sabe.Carolhttp://www.blogger.com/profile/04104940602255718955noreply@blogger.com1