terça-feira, 26 de abril de 2011

O fato é que.

Tava querendo você aqui, depois de apenas 5 horas sem te ver, eu sei, parece um pouco antecipado, um pouco desesperado, mas eu queria poder te contar tudo, me contar toda, deitar no teu ombro e dizer que você acontece em mim de uma maneira diferente, meio completa, como nenhum outro antes. Não tento dizer algo completamente, não quero a palavra gasta, quero mais dos gestos que aprendi a ler no teu corpo, nas tuas atitudes que me deixam a vontade de me acomodar não somente na curva do teu corpo, mas no meu próprio, já não fujo mais, não vejo necessidade, quero assumir meu cansaço no teu ombro, me jogar não mais de um abismo das coisas impossiveis, mas me jogar na tua cama e quero que deite ao meu lado, me diga o que tem vontade ou não diga nada. Hoje me conformo em não ser a mulher mais feliz do mundo, também não reconheço tristeza, hoje eu me conformo em ser eu mesma, acompanhada dessas variações de humor e alergias constantes, hoje quero olhar nos teus olhos e tentar descobrir se eles são cor de mel ou verdes e mais nada.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Pra você eu digo sim.

Se eu me apaixonar
Vê se não vai debochar
Da minha confusão
Uma vez me apaixonei
E não foi o que pensei
Estou só, desde então...

Se eu me entregar, total
Meu medo é
Você pensar que eu
Sou superficial

Se eu não fizer amor
Assim sem mais
Se você brigar e for
Correndo atrás de alguém
Não vou suportar a dor de ver
Que eu perdi mais uma vez meu amor

Mas se eu sentir que nós

Estamos juntos
Longe ou a sós no mundo e além
Pode crer que tudo bem
O amor só precisa de nós dois mais ninguém...

Se você quiser ser meu namoradinho
E me der o seu carinho sem ter fim
Pra você eu digo sim!

Rita Lee

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mais comment puis-je me sentir bien ici en restant sobre ?

Quando eu liguei, não esperava ouvir a sua voz, você pegou o telefone emprestado e eu tive medo, minha mão suou frio, meus olhos se encheram d'água e meus ouvidos que contemplavam o silêncio ouviram de repente você dizer o quanto era bom ouvir a minha voz. Antes que pudesse me desarmar inteira, eu enchi o peito de ar e a voz de orgulho, engoli a seco aquele choro, aquelas lembranças e fiz questão de botar a frente todo meu desdem, que não existe por você, jamais existiria, eu o inventei. Retomei ao silêncio, você também ficou quieto e quando tornou a falar, percebi que sua voz havia perdido aquela alegria quando atendeu o telefone, você ficou ligeiramente triste e eu dei qualquer desculpa para desligar logo, mas a minha vontade de chamar teu nome e desabafar tudo, tudo, tudo, as cartas não respondidas, os e-mails ignorados, tudo que eu deixei de ser porque seus olhos se ocuparam com outras coisas e como queria que você voltasse, ah, eu queria muito. Mas você não volta. Não é?
Não olha mais no fundo dos meus olhos, eles não estão mais na altura dos teus, não me aperta mais em teus braços, porque antes eu já não me achava digna o suficiente para eles, agora eu tenho a certeza de que não tem mais nada em mim pra ser segurado em você. Eu daria tudo de novo para te chamar, mas as minhas atitudes me abafam, meu corpo pesa demais, já não tenho mais asas, já não tenho mais vontades, nem escrever me alivia mais, eu me perdi, tenho certeza de que eu atravessei aquela porta de vidro, tive que correr, tive que aniquilar a mim mesma no caminho para descobrir que eu era maior do que eu mesma e agora eu não sou quase nada. Me bate uma agonia, mas me acostumei, nesse poço fundo, eu me jogo ainda mais fundo, me misturo â aguas paradas que não verbalizam com ninguém, uma água presa em si mesma que se torna suja por não ser outra coisa, por aniquilar opções, até que alguém me invada bruscamente, mexa um pouco, bata para ficar um pouco mais limpa, mas que depois larga por ser menos importante. Vejo pessoas daqui de baixo, vejo meu coração me matando cada dia um pouco mais junto com o meu fígado, não me reconheço sóbria, vejo meus sonhos morrerem no travesseiro, eu não quero mais ser a menina que ri mais alto, que não está em casa de madrugada, mas também não quero ser eu mesma. Deixei de querer algo. Mas disso, você não sabe, não teria como saber, eu sei. Nem te interessa tanto assim, sejamos sinceros. Só não deixa de ler as minhas cartas, não deixa de olhar as minhas fotos, não deixa de ouvir a minha voz naquela canção que gravei pra você, não deixa de me achar linda, não deixa de me fazer chorar... quem sabe, um dia quem não volta sou eu?