quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quem feriu meu coração fui eu mais ninguém (8)

"Faz quatro dias que eu não durmo, tenho medo de pegar no sono e perder a hora em que você vem, porque acredito muito que existe a hora em que você vem. Não, mentira, esquece. Tenho medo de dormir e começar a ver você em todos os lugares e acordar com aquela saudade incontrolavel que até agora tenho conseguido controlar. Também não é nada disso, desde que conheci tem alguma coisa em mim que não me deixa esquecer esse gosto pela vida, absorção de tanta beleza e a partir do momento que me vi sem você nada tem tanta graça, as pessoas são tão comuns, ainda não acostumei meus olhos com tamanha naturalidade, não sei. Acredito agora que também não sei se ainda é tudo isso ou se uma mistura de tudo, mas tô sentindo a sua falta. Não faz mal, vai passar junto com essa insônia louca, mas vai passar."

Warning Sign - Coldplay

Um sinal de alerta

Perdi a parte boa quando me dei conta
Comecei a observar e a bolha estourou
Comecei a procurar por desculpas

Venha

Tenho que te contar em que estado estou
Tenho que te contar em meus tons mais altos
Comecei a procurar por um sinal de alerta

Quando a verdade é, eu sinto sua falta
Sim, a verdade é, que sinto tanto sua falta

Um sinal de alerta
Você voltou para me assombrar e eu me dei conta
De que você era uma ilha que eu ignorei
E você era uma ilha a ser descoberta

Venha
Tenho que te contar em que estado estou
Tenho que te contar em meus tons mais altos
Comecei a procurar por um sinal de alerta

Quando é a verdade, eu sinto sua falta
Sim, a verdade é, que sinto tanto sua falta
E estou cansado e não deveria ter deixado você ir

Então eu rastejo de volta para teus braços abertos
Sim eu rastejo de volta para teus braços abertos
E eu rastejo de volta para teus braços abertos
Sim eu rastejo de volta para teus braços abertos

terça-feira, 27 de julho de 2010

Só pra dizer que a saudade é enorme.
e nenhuma outra cara tampa.

sábado, 24 de julho de 2010

E o outro lado?

Eu não suportaria a sua indiferença, eu teria todos os dias que reinventar você em outros sorrisos, em outras histórias, em outros olhos castanhos e não teria sucesso, porque já é desde o dia em que te vi uma parte de mim que me assusta, que me conforta, que me envaidece, da maneira e do dia que for, uma parte imputavel de mim. E como seria construir um personagem sobre um coração em pedaços, missão impossivel. Prova disso foram esses dias terrivelmente vazios com a cabeça e os olhos cheios e três noites mal dormidas. Não me contentei em ficar olhando o mundo, esse mesmo imundo do lado de fora, em que todo mundo ri, todo mundo é louco o suficiente pra suas próprias verdades, eu tive que ir lá conferir, rodar na roda com eles, minha curiosidade me matou de uma maneira devastadora, eu morri nesses últimos dias em silêncio, com uma culpa, sem pedir socorro, talvez um gesto de covardia misturado com um ato de vergonha na cara, da maneira que for, eu me lavei sem me sentir limpa, me escondi sabendo que estava exposta, chorei sem me sentir vazia, tanta contradição que não suporto, tudo porque eu mesma tinha entrado em contradição. Minhas palavras se perderam como todo o resto, rumo previsivel e eu detesto ser previsivel, apesar de não estar mais do que isso. Da forma que for, o seu telefonema mais uma vez me salvou, depois que você desligou não sei se deu tempo pra perceber o meu estado leve, alegre, aliviada, você me fez até rir, depois de três dias...Eu errei feio, com a gente sobretudo, e já expliquei que não foi a minha intenção e também, não me esqueço a partir daqui, só que hoje você estava a minha frente e com o braço esticado em direção ao chão, você me levantou, me olhou nos olhos não com a piedade de todos os outros, mas com a firmeza de quem sabe que ficar no caminho é perda de tempo. Eu substimei o meu amor, eu temi ter perdido pra sempre, e maior do que o erro em si, as consequencias que ele podia ter pra você me doeu mais que qualquer coisa. Porém, não é tudo, se eu acordar amanhã com o gosto amargo de uma falha que não tem volta, eu vou sim querer desistir de novo, vou querer te evitar sabendo do enorme mal que lhe causo e talvez nos seus braços eu ainda me encontre sem graça, sem jeito, calada, inconformada da maneira errada como eu errei feio, ainda assim, não faça cerimônias, se precisar me dizer, diga. Eu estarei ouvindo, ainda que pareça que não.




"Ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso. Ela tem cara de menina mimada, um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor, um jeito encantado de ser, um toque de intuição e um tom de doçura. Ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude, uma solidão de artista e um ar sensato de cientista. Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna.”

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Eco.

Eu não estou bem.
Estou me afundando naquilo que nem eu mesma sei, me afundo cada vez mais nessas águas sujas que me oferecem como solução, não consigo sair disso e peço sua mão, ao invés de me mostrar saída, você me vê assim frágil em cima de mim mesma e se contenta em ver, só ficar vendo, em me olhar e reprovar como se fosse melhor do que eu. Talvez seja mesmo e sua ajuda seja tão pouca merecedora do que estou agora. De qualquer forma, estou te pedindo ajuda e você também se afunda cada vez mais nessa coisa egoísta que é você mesmo. Não, não é pra se salvar, nem autopreservação, é qualquer coisa mesquinha maior que você mesmo e isso tem me matado, me confundido mais que outra coisa, eu sei, eu vou dar com a minha cara lá fora, eu vou me acumular com o veneno que eu mesmo criei, mas eu nunca, nunca vou esquecer que um dia eu pedi, te pedi um braço, te pedi um colo, te pedi um abraço, um pequeno gesto que me pudesse ter salvo e não salvou. Hoje, sou eu que peço pra perder a memória enquanto durmo... É, mãe, não se preocupe se eu não chegar, eu já olho pra trás e não tem ninguém.

sábado, 17 de julho de 2010

Entrei num estado de gostar de você.
Reijeitei um beijo seu, mas aceitei todo o resto.
Se ontem o dia estivesse bonito, não teria valido tanto a pena.
É justamente nisso que eu quero me afundar.
Na curva do teu ombro, na mistura dos teus cheiros, no contorno da tua mão que passa devagar no meu rosto, nos teus olhos que expressam tudo o que você precisa dizer, você que sorri, que me embala dentro do teu abraço tentando parar o frio e nem disfarça na frente de todo mundo o que seu beijo não tem medo de demonstrar, você que me faz esquecer o tempo, o mundo, os sentidos, você que me provoca.
E eu não descanso, não descanso até levar isso até o final,
quando não se tem mais nada a perder, só se tem a ganhar, certo?

domingo, 11 de julho de 2010

Justifica essa minha loucura?

A mente que suplica por um esvaziamento, de informações, sobretudo. Talvez fosse necessário mais vista, mais gente, mais um pouco de tudo que exige gesto, tempo, menos mente, ficar perto pela necessidade de estar perto. Mas nem falta as pessoas fazem mais. Não seria ruim sentir saudade se fizesse o menor sentido, não faz. Suplico um abraço, peço carinho, reforço apelos contradizendo o dito acima, mas o gesto confirma logo em seguida, não faria qualquer diferença, não aliviaria, não me salvaria. Descobri que meu corpo comporta cansaço, exaustidão, falta de apetite, sono, insônia, sonhos, tudo sem reclamar, sem precisar parar, quase não percebo, me perco em noções de tempo quando tudo é igual. O problema da naturalidade é esse, ficar jogado nesses dias iguais esperando que as coisas sejam diferentes e não conseguir sair disso por mais que se esforce, e eu me esforço. Desde que aprendi a ser observada por aqueles olhos que não cansam, por aquela beleza incontestavel, por uma naturalidade que me invandiu de tal forma que seria necessário ser totalmente contra os meus principios pra sair dessa, não sei mais como agir, o que buscar. Tanta subjetividade pra nada, disperdiçada em tempos que eram outros que não o de agora. No entanto, não era amor, era um gostar do sentido que as coisas haviam tomado, um começo de atalho que apareceu no meio do caminho sem a necessidade de procura. Uma simplicidade que somente duas mentes complexas demais suportavam. E mais ninguém. Você tinha razão, era por sua causa. Perigo é eu me esconder em você. Justifica essa minha loucura?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O infeliz.

"Se você me vê como um porto seguro
Exclua essa idéia dessa mente
Não por que não gosto de você
Mas sim por ser egoísta em relação a minha dor


O niilísmo tem crescido em minha vida quase exponencialmente

Me tenha como um bom amigo
Deixe-mos ser amantes ao acaso

Porém não me deixe saber que ainda me deseja.
Pois não tenho pena das pessoas que me amam

A falta de um rotina segura e calma
Tem transformado minha vida em um caos
A poesia me assombra e a música me acalma

Porém música é poesia .

Logo,

A música me assombra e me acalma.

Um paradoxo.

Minha vida gira em torno da música

Logo,

Minha vida é assombrosa e calma.

Não queira isso para você.
A não ser que esteja disposta a conhecer
Um Ourives das jóias de um anjo caído
Que modela sua arte a partir de prótons que agora são neutrons;
E os poucos Elétrons que restaram... Se demitiram."
 
Naamã.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A pessoa mais idiota do mundo .

Eu vou ficar aqui jogada querendo não ter forças pra mais nada e que me deixem! Se não forem cuidar das minhas dores, se vão se jogar nesse eterno egoismo que são, prefiro que me deixem vivendo somente por e para essas dores. As palavras... eram todas falsas, todas bonitas, mas não faziam o menor sentido, quando a dor lateja, as tantas palavras se perdem e junto com elas, as pessoas. Não faz mal, pelo menos, não mata, quem me dera, de verdade. Mostrei a minha face que chora e ainda assim, carente de toda e qualquer piedade, ousou rir de mim, de me deixar de lado, não aguento mais, eu juro. Todos meus esforços são tão inuteis, grande imaginação a minha que achava que podia deixar as coisas um pouco mais suportaveis sendo assim tão boba, mas eu havia me esquecido do grande papel de palhaço que anima a platéia. E eu que julgava não haver engano, dei o pulo mais torto e errei feio, acreditei ter conhecido uma exceção, mas não passava de uma raposa igual a todas as outras, excluindo o fato de que essa me machucou mais que qualquer outra. E não está tudo bem. Sem previsões. Só queria que me desenhassem um carneiro...

domingo, 4 de julho de 2010

Não me negues, minha sede é clara.

Posso apoiar toda minha excessiva carência em cima de você? Eu juro que não faço mais do que combinamos, não dou um passo além, é que hoje preciso tanto tanto tanto de uma atenção sua, logo sua, pra jogar conversa fora, bolar teorias, inventar a nós mesmos num espaço e tempo inexistente. Juro até mesmo que se você não quiser me dizer ou mostrar nada, eu me contento em só olhar, sem toque, sem invasão, sem regalias, só olhar fixamente e tentar decifrar cada parte sua que desconheço. Depois disso você faz o que quiser, se quiser, eu te deixo, só permite perceber que eu te desejo, de maneira inteira, aberta, ainda que incompleta.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

(In)felicidade é um dom.

E se eu te contar que estou disposta?
Do fundo desse buraco instaurado aqui ou de qualquer coisa que me lembre como era bom esse gostar.
Meus olhos se acostumaram a te admirar, a ter tamanha beleza, ao seu toque, a suas convicções, a uma bagunça interna que me fascina tanto e me joga numa bagunça maior do lado de dentro.
O acaso me exige mais do que suporto e me aguento dessa maneira.
Eu estou disposta.
Mas se é justamente a ausência de um porto, a insegurança de não te ter a qualquer momento, esse caos, essa não-procura, o prazer mais egoísta, justamente desse jeito, que me convence.
Talvez eu esteja louca de querer isso pra mim, mas é um anjo caído, torto torto que tem me feito querer qualquer diferença. Tenho sede do teu niilismo, me identifico no teu descomprometimento com a verdade, me componho na tua voz, sou cumplice na morte de Narciso... Só que eu também sei quanto custa as asas de um anjo caído. Mais do que estar disposta a conhecer um ourives das jóias de um anjo caído, estou disposta a tê-las pra mim e pagar o preço, ainda que alto, por isso.