sábado, 8 de setembro de 2012

Das cosias mais lindas que já conheci, só reconheci as tuas cores belas quando te vi...

Nesse 8 de setembro, estou tentando dizer qualquer coisa, qualquer palavra que caiba, mas ela já não existe, não vem, será que desaprendi a escrever? Talvez. Mas não é ruim, de maneira alguma. Parando pra pensar, em um mês, me ocorre o silêncio que está mais para paz, uma coisa boa de dentro que vem do outro, de você, meu anjo. Um mês e nenhuma palavra. Um mês e a vida já me fez entender que eu não preciso de palavras, eu preciso de você, de quem eu sou com você, principalmente, quer dizer, se eu souber distinguir um do outro. Meus dias são compostos de você, do seu sorriso quando beijo teu corpo, da forma como seus olhos brilham quando deito do teu lado, até o jeito de você pegar o cigarro me hipnotiza. O que te dizer? Que te amo e que a vida não passa da projeção dos seus gestos? Que vejo você no meu jeito, na esquina, com a cabeça encostada na janela do ônibus, numa sucessão de imagens projetadas na minha cabeça? E que de repente, o telefone toca com qualquer mensagem sua e sorrio, um sorriso timidamente sincero de quem sabe que a felicidade é uma visita bastante volúvel. E tudo é tão rápido, tão intenso e expansivo que vira um breve suspiro. Circunstancias improváveis, bebida largada, Cupido, Nelson Rodrigues, Cinelândia, saudade, sax, francês, Oz, Chaplin, sono, vontades, frio... caminhos que construo até você... Eu quero o silencio absoluto, contemplar você por inteiro. Estar inteira. Finalmente, a vida me fez entender que não preciso de palavras, ao contrário, sem elas, eu posso ser, na raiz da palavra, sabe? E quero ser cada vez mais afundada em teus ombros, com a mão grudada em seus cabelos, sentindo teu cheiro e gosto, ser da maneira única (e boa) de como o meu corpo se encaixa no seu. Quando foi mesmo que eu abri os meus olhos e encontrei você?






Eu não acreditava mais que o amor existisse, e a vida desmentia. — Caio Fernando Abreu