domingo, 15 de maio de 2011

Endomingada .

Me deu uma vontade de saber de você, mas a minha voz no telefone muda quando escuto a tua voz, me travo um pouco, tenho medo de algo soar errado e acabo soando toda errada, sendo um avesso do que sinto e recaio sobre o tédio de um dia como domingo. Eu passo pelo tédio, eu sou o tédio. Sua voz do outro lado ainda insiste, mas a minha resiste em se dizer em totalidade e fico chateada não com você que as vezes tenta, mas não sabe lidar com a minha confusão (não te culparia, nem eu mesma entendo as vezes), mas comigo que resisto a coisas maiores que eu mesma. Procuro no momento uma maneira de ser mais simples, não consigo e me consumo em raiva por não saber ser mais superficie. De todas as coisas que poderia te pedir, te peço desculpas, mil delas. Vou tentar ser um pouco mais direta na única coisa que sei direito, que tenho certeza: eu quero você! De qualquer jeito, de qualquer forma, de maneira inteira e se é bem verdade que te quero, também é verdade que eu não tenho outra ambição do que ser sua. Essa é a minha postura de te querer, sem vergonha, sem nexo, sem qualquer complicação, essa tem sido a minha verdade, a minha vontade, o único caminho que eu realmente quis aprender a seguir. Me acompanha?

terça-feira, 26 de abril de 2011

O fato é que.

Tava querendo você aqui, depois de apenas 5 horas sem te ver, eu sei, parece um pouco antecipado, um pouco desesperado, mas eu queria poder te contar tudo, me contar toda, deitar no teu ombro e dizer que você acontece em mim de uma maneira diferente, meio completa, como nenhum outro antes. Não tento dizer algo completamente, não quero a palavra gasta, quero mais dos gestos que aprendi a ler no teu corpo, nas tuas atitudes que me deixam a vontade de me acomodar não somente na curva do teu corpo, mas no meu próprio, já não fujo mais, não vejo necessidade, quero assumir meu cansaço no teu ombro, me jogar não mais de um abismo das coisas impossiveis, mas me jogar na tua cama e quero que deite ao meu lado, me diga o que tem vontade ou não diga nada. Hoje me conformo em não ser a mulher mais feliz do mundo, também não reconheço tristeza, hoje eu me conformo em ser eu mesma, acompanhada dessas variações de humor e alergias constantes, hoje quero olhar nos teus olhos e tentar descobrir se eles são cor de mel ou verdes e mais nada.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Pra você eu digo sim.

Se eu me apaixonar
Vê se não vai debochar
Da minha confusão
Uma vez me apaixonei
E não foi o que pensei
Estou só, desde então...

Se eu me entregar, total
Meu medo é
Você pensar que eu
Sou superficial

Se eu não fizer amor
Assim sem mais
Se você brigar e for
Correndo atrás de alguém
Não vou suportar a dor de ver
Que eu perdi mais uma vez meu amor

Mas se eu sentir que nós

Estamos juntos
Longe ou a sós no mundo e além
Pode crer que tudo bem
O amor só precisa de nós dois mais ninguém...

Se você quiser ser meu namoradinho
E me der o seu carinho sem ter fim
Pra você eu digo sim!

Rita Lee

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mais comment puis-je me sentir bien ici en restant sobre ?

Quando eu liguei, não esperava ouvir a sua voz, você pegou o telefone emprestado e eu tive medo, minha mão suou frio, meus olhos se encheram d'água e meus ouvidos que contemplavam o silêncio ouviram de repente você dizer o quanto era bom ouvir a minha voz. Antes que pudesse me desarmar inteira, eu enchi o peito de ar e a voz de orgulho, engoli a seco aquele choro, aquelas lembranças e fiz questão de botar a frente todo meu desdem, que não existe por você, jamais existiria, eu o inventei. Retomei ao silêncio, você também ficou quieto e quando tornou a falar, percebi que sua voz havia perdido aquela alegria quando atendeu o telefone, você ficou ligeiramente triste e eu dei qualquer desculpa para desligar logo, mas a minha vontade de chamar teu nome e desabafar tudo, tudo, tudo, as cartas não respondidas, os e-mails ignorados, tudo que eu deixei de ser porque seus olhos se ocuparam com outras coisas e como queria que você voltasse, ah, eu queria muito. Mas você não volta. Não é?
Não olha mais no fundo dos meus olhos, eles não estão mais na altura dos teus, não me aperta mais em teus braços, porque antes eu já não me achava digna o suficiente para eles, agora eu tenho a certeza de que não tem mais nada em mim pra ser segurado em você. Eu daria tudo de novo para te chamar, mas as minhas atitudes me abafam, meu corpo pesa demais, já não tenho mais asas, já não tenho mais vontades, nem escrever me alivia mais, eu me perdi, tenho certeza de que eu atravessei aquela porta de vidro, tive que correr, tive que aniquilar a mim mesma no caminho para descobrir que eu era maior do que eu mesma e agora eu não sou quase nada. Me bate uma agonia, mas me acostumei, nesse poço fundo, eu me jogo ainda mais fundo, me misturo â aguas paradas que não verbalizam com ninguém, uma água presa em si mesma que se torna suja por não ser outra coisa, por aniquilar opções, até que alguém me invada bruscamente, mexa um pouco, bata para ficar um pouco mais limpa, mas que depois larga por ser menos importante. Vejo pessoas daqui de baixo, vejo meu coração me matando cada dia um pouco mais junto com o meu fígado, não me reconheço sóbria, vejo meus sonhos morrerem no travesseiro, eu não quero mais ser a menina que ri mais alto, que não está em casa de madrugada, mas também não quero ser eu mesma. Deixei de querer algo. Mas disso, você não sabe, não teria como saber, eu sei. Nem te interessa tanto assim, sejamos sinceros. Só não deixa de ler as minhas cartas, não deixa de olhar as minhas fotos, não deixa de ouvir a minha voz naquela canção que gravei pra você, não deixa de me achar linda, não deixa de me fazer chorar... quem sabe, um dia quem não volta sou eu?

terça-feira, 22 de março de 2011

Aonde moram os anjos ...


...Ou onde se escondem quando choram . Eu choro .

domingo, 30 de janeiro de 2011

A não palavra .

Me pertubo sempre com alguém, são tantos nomes, tantos rostos, tão diferentes que me perco no sentimento igual de todos eles. Será que sou fraca? Tenho certeza de que vivo num eterno estado de renuncia, é sempre o tempo de renunciar, mas eu não a permito, como não permito a mim mesma. Está faltando alguma coisa e sei que não é nesse eterno preenchimento de vazios que vou encontra-la, porém, se me reconheço nesse mesmo vazio, não lido com ele. Não bato de frente, não o encaro de maneira justa ou sincera, espero sempre algo que não vem nem virá nunca. Eu sei. Esperar é o mal do meu tempo, um tempo que construí pra mim e não vivo, porque parece que o tempo não passa nessa enorme perda de dias. Existe uma parte de mim do lado de fora querendo entrar ou alguma do lao de dentro que deseja sair, não sei o que faço. Tenho medo da minha força e sou refem da minha covardia. Vivo num paralelo que não comporto e ando tão inquieta, tão falsamento aprendiz de uma realidade que não existe em outro lugar senão na minha cabeça. As mentiras mais sinceras foram aquelas que contei com os olhos e meus olhos não mentem, realidade inventada que vivo plenamente como personagem, nem atuar eu sei, não me engano. Tento preencher esse silêncio com sons automáticos do dia-a-dia, procuro me distrair na alienação das coisas todas, mas o silêncio grita e quando faz eco, se torna angustia, uma angustia de não saber ser outra coisa senão várias ao mesmo tempo. Me pergunto quando o chão do meu quarto ficará seco, ou meu travesseiro, quando deixarei de me contorcer toda, fecho os olhos numa possível fuga. Essa liberdade me assusta tanto ao ponto de querer me prender e tenho medo: tanto da liberdade quanto da jaula. Não me achei em nenhum dos dois. Não achei um jeito. Eu tenho medo é de mim, não sei do que sou capaz ou talvez saiba. Quando acordo, não sei a mascara que me veste, mas posso ser cruel - comigo mesma na maioria das vezes -, posso ser piedosa, posso me sentir linda ou horrorosa, por poder ser tantas coisas, eu escolho por ser nada agora. E tantas outras vezes. Me sufoco num travesseiro invisivel toda noite e me debato até a hora de dormir que por pouco não chega. Sou responsável por mim mesmo, apesar de me manter aos cuidados dos outros, sempre com promessas tão fieis a si mesmo que me soam tão falsas, mas prefiro acreditar, prefiro acreditar para ausentar-me de qualquer culpa aparente. E a culpa é toda minha. Gosto de mim em outras faces, são tantas, mas gosto de mim quando presto atenção no que sinto, quando o mundo é mais do que meus olhos, quando deixo de fazer parte dele e passo a sê-lo. Ir junto com tudo, pena que tenho sentido pouco, por opção as vezes. Sentir me cobra uma paciência que eu tenho e uma dor em que tento por limites para não ser devorada. Minha boca não acompanha o ritmo das palavras, firo quando me ausento do silêncio, me firo quando me entrego a ele. Preciso de um tempo, depois volto.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Eu tinha perdido o ritmo do mundo, cansei de acompanhar festas, criar situações de encontros, foi um processo um pouco lento, vindo aos poucos, mas deixei me invandir, essa vontade de não forçar a barra com o mundo, principalmente, com as pessoas. Aprendi a caminhar sozinha, sobre duas pernas e somente dois olhos, sem me importar com o certo ou com o errado, conceitos pra mim totalmente equivocados, diga-se de passagem. Também não sei se foi um aprendizado válido, mas a verdade é que aprendi a agir dentro do tempo, do meu tempo à passos um tanto rápidos, mas sem tropeços. De repente, perdendo tantas memórias, tantas ligações, tantos convites e até pessoas, por que não? É que eu não esperava que as vezes é justamente abrindo mão e de esperar é que a gente mais ganha. E eu ganhei. Ganhei um tempo pra mim, ganhei livros, filmes, ganhei paz de espirito, ganhei tantas outras coisas que não teria tempo de explicar e quando meu coração estava se acostumando a ficar quieto, sozinho, se acostumando a se recuperar de traumas de um passado tão recente, e outros nem tanto, Deus me deu uma possbilidade. Ando agradecida por tudo. Uma possbilidade de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida, ou uma espécie de. Tenho a sensação de ter me recuperado de um eterno ar de cansaço, não ando nova em folha, mas recuperei carinho, mãos dadas, cheiro, beijos, noites mal dormidas, noites bem dormidas também, caras amassadas, cinema numa terça qualquer e aquele friozinho na barriga bobo e um pedido de namoro. E de todas as expectativas de ficar até o meio do ano, de manter esse sorriso bobo no meio da tarde, não existiu nenhuma, o sorriso continua, a paz de espirito nem tanto, mas tudo que veio depois ficou. E a ausência de expectativas só trouxe a certeza de que tinha data de validade. E essa era curta. Não é justo, confesso, mas também confesso que já sabia. O máximo que me ocorre agora é contar os dias, não faltam mais que dois ou três, não me desespero, mas também não fico tranquila, acho que no fundo não estamos acostumados nunca a despedidas. Pois devia, logo eu, que no caminho perdi tantas pessoas sem motivo, entretanto, quantas foram as oportunidades de despedida? É natural as pessoas se perderem, as pessoas se encontrarem, o que não é natural é esse adeus que não quero dar.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Head Over Feet .

Eu não tive escolha a não ser ouvir você, você contou sua história sem parar. Eu pensei sobre ela. Você me trata como uma princesa, eu não estou acostumada a gostar disso, você me pergunta como foi meu dia.
Você já me conquistou mesmo contra a minha vontade, não se assuste se eu me apaixonar, não se surpreenda se eu lhe amar por tudo o que você é, eu não pude evitar e é tudo culpa sua.
Seu amor é enorme e me engoliu inteira, você é muito mais corajoso do que eu pensava e isso não é da boca pra fora.
Você é o mensageiro de coisas incondicionais, você segurou a respiração e a porta para mim. Obrigada pela sua paciência.
Você é o melhor ouvinte que eu já conheci, você é meu melhor amigo, melhor amigo com vantagens. O que me fez demorar tanto?
Eu nunca tinha me sentido tão bem assim, eu nunca quis algo racional, eu sei disso agora, eu sei disso agora .

Alanis Morissette .

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

rasgou a ultima pagina do livro

pra acabar com a vida dos personagens antes
que acabasse com a própria.



Marcelo Poppolino .

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Começo a reconhecer em mim algo pretencioso que arrisco chamar de felicidade...