terça-feira, 25 de maio de 2010

Bobeira.

Já te contei que um dia eu conheci um menino muito bonito? :B
e ele disse pra mim que eu a partir daquele dia nunca mais ia ficar tão triste, que eu ia ficar bem, mas eu não acreditei nele muito não, só ganhei certa confiança quando ele além de se dizer presente, estava de fato presente, ele aparecia todos os dias e isso me deixava antes de mais nada, muito feliz. Ele não me prometeu muita coisa além de sonhos, mas pareceu se adaptar exatamente ao meu mundo e me encaixar no dele. Ele era lindo. Só sei que mesmo ele não aparecendo tanto, eu nunca mais deixei de ficar mal, claro, tristeza sempre bate, mas passa logo, porque ele é a coisa mais bonita que eu tenho, ele é minha vida. Até hoje quando eu demorei 1 hora pra abrir um papel de bala, eu parei e comecei a rir sozinha, porque ele teria rido de mim e pensei: como eu reconheço que depois dele, eu sou bem mais contente *-* e continuei a rir, ninguém entendeu nada. Esse menino salvou a minha vida, se não de uma morte constante das coisas, pelo menos, de um tédio com o T bem grande. Ele é lindo, ainda que eu não consiga ver seu rosto ♥ Meu amor tem nome, minha vida também, meus olhos tem dono, meu coração tem amor o suficiente pra nós dois enquanto espero e tudo isso se resume a um nome próprio chamado Tiago.

domingo, 23 de maio de 2010

Catavento

Você foi embora. A constatação do fato me dói mais do que o fato de você ter partido. Existem dias em que sua ausência me faz sentir uma tristeza tão grande que fica refletida dias nos meus olhos castanhos até o franzir da minha sobrancelha ao indicar controle, como se fosse possível ou verdade, fecho meus olhos na tentativa de recriar alguma coisa sua que tenha deixado pra trás antes de partir e no início, é dificil em meio a tanto trânsito, barulho de carros, tanta gente e tentativa de equilibrio dentro do ônibus, mas sua voz me invade quando me vejo deitada em seu sofá e na musicalidade da sua voz é onde quero ficar presa, depois me faz abrir os olhos e te vejo parado me olhando como se não tivesse outra pessoa mais bonita, como se nada a volta existisse, aquele mesmo olhar da primeira vez que te vi, um olhar que mistura vontade, admiração e qualquer coisa como um sorriso irônico de quem sabe exatamente a mensagem que está sendo passada e acha graça de si mesmo, não me lembro da minha reação, mas acredito ter correspondido pela maneira como tornou a me olhar por mais muitas vezes. Me desequilibrei dentro do ônibus, fui obrigada a interromper tão bruscamente a imagem com a mesma força que o motorista pisou naquele freio. Se tivesse caído, eu não teria me importado também, tanto faz. Nenhuma outra menção a você me ocorreu no momento, também não fiz muito esforço, a volta para casa seria longa, mais do que em qualquer outro dia, era preciso estar atenta ao caminho, à musica na rádio, ao equilibrio do lado de fora quanto do lado de dentro, era preciso muito em meio a tão pouco, mas ainda assim, se fazia preciso...
Os teus ventos nunca mais bateram à minha janela, o seu sorriso é quase um esforço da memória, sua imagem me hipnotiza, mas foram as palavras que eu não tive tempo de dizer que me marcam, não tenho mais o tempo que passou apesar de ter todo tempo do mundo, o nosso tempo foi outro, talvez não volte. E tenho medo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Everything

Posso ser uma idiota em grau maior
Posso resistir mesmo quando já está fora de moda
Posso ser a queridinha mais recatada e você nunca conhecerá ninguém
Que seja tão pessimista como eu sou algumas vezes

Sou a mulher mais inteligente que você já conheceu
Sou a alma mais bondosa com que já teve contato
Tenho o coração mais valente que você já viu e você jamais conhecerá alguém
Que seja tão otimista quanto eu algumas vezes

Você enxerga tudo, enxerga cada detalhe
Você enxerga toda minha luz e ama meu lado obscuro
Você vasculha todas as coisas as quais me envergonho
Não há nada em comum com você
Mas você ainda está aqui

Eu culpo todo mundo mas não assumo a minha parte
Minha passividade agressiva pode ser devastadora
Estou assustada e desconfiada e você nunca conhecerá alguém
Que seja tão fechada quanto eu sou algumas vezes

Você enxerga tudo, enxerga cada detalhe
Você enxerga toda minha luz e ama meu lado obscuro
Você vasculha todas as coisas as quais me envergonho
Não há nada em comum com você
Mas você ainda está aqui

Aquilo que eu resisto persiste e fala mais alto que eu
Eu resisto ao seu amor não importa o quão pra baixo ou pra cima eu esteja

Sou a mulher mais engraçada que você conheceu
Sou a mulher mais boba que você conheceu
Sou a mulher mais linda que você conheceu
e você nunca conheceu ninguém
Que seja tão TUDO como eu
sou algumas vezes

Você enxerga tudo, enxerga cada detalhe
Você enxerga toda minha luz e ama meu lado obscuro
Você vasculha todas as coisas as quais me envergonho
Não há nada em comum com você
Mas você ainda está aqui

(everything - Alanis Morissette)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Àqueles ventos.

Perdi um pedaço de mim, o que não me doeu e também não me matou. Mas que eu perdi um pedaço que me faz falta, eu perdi, talvez volte, sei lá. Só que perder um pedaço não é tão ruim quanto ficar vazio, é a minha cabeça que anda procurando um outro pedaço para pôr no lugar. Ando muito longe, por sinal, outro estado, quem sabe. Mas algo em você me prende, talvez essa necessidade de alguém que saiba justamente não caber dentro de si. É na sua liberdade que eu quero carona, que eu quero e posso ser livre, saber o custo do teu sorriso e armagura dos teus olhos que fazem além de ver é o que me fascina. E me invade mais ainda ao me apresentar o novo, o que desconheço, aquilo a qual ainda não tive a vivência de experimentar. Pelos próximos dias, eu tenho certeza que você sabe onde me encontrar, que virá a hora que quiser, sem esperar nada, sem pressa, não sei, eu realmente não sei o que esperar de você. De todas as pessoas belas que já conheci, você é a menos previsivel. Quero que aqueles ventos vindo de longe valham mais que qualquer carnaval.




Rosa Bordada na Cabeça

Tenho pensado com tal urgência shakespeariana
em me afogar em seus quase cachos,
para nos levar quem sabe à Zeta Reticuli,
ou pelo menos Lumiar...

Sei lá,

deixar de beber por alguns meses ou décadas
e só tragar você que tem um gosto tão bom
de essências piradas ainda não catalogadas...

Só pelo estalar de um delicioso
beijinho, deu pra saber.

Chego a ter imensa pena de ti,
que jamais em toda sua vida,
poderá, um milésimo sequer, provar você. 


por Talles Machado Horta

domingo, 16 de maio de 2010

"Segue o teu caminho que eu vim para ficar, segue esse meu passo eu chego antes de chegar, não esperando alguém que não fosse além de si..."




Telha de Cabaré - "Ela me fez"

quinta-feira, 13 de maio de 2010

13/05 - o dia em que meu coração entra em harmonia com as estrelas.

Um menino com nome de rei.
Nascido no século XXI para ser grande, ainda que sem trono e a esperança de uma coisa maior que a si mesmo. Nasceu para ser grande. Ainda que trave batalhas medievais que ninguém mais veja, é possível o ver reerguido. Ainda que não seja coroado, é possível ver qualidades que o tornam poderoso, dono da própria história. Ainda que tenha pavor de brigas, veio armado de um coração tão grande e bom, pronto pra qualquer batalha.
Admirador dos deuses, admirador das tragédias gregas, apaixonado por histórias épicas. Sem se dar conta que é tão grande quanto todos eles, que sua descendência é nobre, seu nome carrega força, sua dedicação modifica vidas, sua mão ergue estruturas, seu sorriso me abre o mundo.
Um menino com nome de rei, exercito de anjos e com características dos deuses do olimpo. Um rei que admiro, um anjo, que eu escolhi (na verdade, acho que fui escolhida por ele) por deter uma data de aniversário sem anjos (me dei esse direito), e um Deus que possui forças daquais eu não duvido jamais. E por fim, um menino que aprendeu  e me ensinou a ver o mundo do seu modo, coisa da qual serei eternamente grata.
É nesse dia em que meu coração entra em eterna paz com o dele, é nesse dia que se agradece aos deuses sua existência, é esse o dia em que lembro o quanto saudade dói, mas é quando ela faz mais sentido.
Eu te amo, Artur.

sábado, 8 de maio de 2010

Inefável.

E eu? Quanto a mim? E se eu precisar? Está certo que todos andam dizendo que ando sumida, que precisam de mim, que faço falta. Mas torno a repetir: e quanto a mim? Eu também estou me fazendo falta, não que a minha mágoa ou essa ausência de paz que me incomoda tanto seja mais importante do que a dor de qualquer outro, mas quem tornará a me procurar só pra me ajudar a saber onde estou? Talvez não aja ninguém. A verdade é que desde que as palavras anunciadas me feriram, eu deixei de acreditar, alguma coisa dentro de mim está em morte constante, em plena desordem e não dá pra retirar, voltar de onde paramos, sei que preciso seguir em frente, tenho tentado ao meu modo, fazendo aos poucos o que tenho por orgulho, mas nem esse me sobrou muito. Percebi o quanto deixei de ser o que era porque confiava demais em você, mais até do que em mim. Não faz mal, não pra você, também não dói tanto assim, só quando eu respiro.

[...]

Eu ri quando ela me disse que eu era inefável. De todas as coisas que poderia ser... não estou nada.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

- As vezes sinto falta de mim.
- Eu também, menina.
- Sente falta de si?
- Não, de você e dói.
[silêncio]
- Me abraça?
- Sempre.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sinfonia em Paris.

Hoje entrei na paz de Gene Kelly, sentei em frente a tevê e me preparei para assistir por duas horas seguidas, menos até, um musical. Me senti leve na simplicidade e na riqueza de detalhes do cinema na época dos grandes musicais. Te faz esquecer o mundo em meio a Pais, Gene Kelly, Leslie Caron e sapateado. Não queria estar em outro lugar, mentira, talvez do outro lado da tela arriscando alguns passos com Gene e sua genialidade, sua expressão corporal e beleza ao sapatear. Não entendi muito bem o que me ocorreu, de repente, comecei a pensar que a vida em si podia ser um musical, me faz rir a maneira como a cena é interrompida para uma dança coreografada e uma cantoria da qual todo mundo na cena domina, dos atores principais até os figurantes, e depois volta tudo ao normal como se nada tivesse acontecido, mas comecei a abrir um sorriso bem maior quando pensei que se a vida real fosse um musical, seria uma porcaria, as pessoas não cantam tão bem ou tem ritmo o suficiente pra manter uma dança qualquer, muito menos, sensibilidade. E esse sorriso foi sumindo aos poucos quando tornei a pensar que a vida não tem ensaio nem sequencia de cenas tão interessantes assim, felicidade dura o tempo do sapateado e mais nada, depois, só no final e chegar ao final, custa. Mas não me importava pensar mais que isso, obriguei minha mente a parar. E me entreguei de novo àquela dança que fica perfeita quando os protagonistas ficam juntos, dançam juntos, se amam, se beijam, se completam... de repente...e se...?