quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Como é misterioso o país das lágrimas .

Artur, por favor, aparece. Eu sei que você não é mero fruto da minha imaginação, eu suplico, imploro que voce apareça imediatamente, é uma ordem, fecho os olhos em desespero no meio das lágrimas e confirmo: você é real. Me apavoro com tamanha realidade e você não está. Mera projeção do que eu sinto e você também não é isso, porque eu deixei de sentir algo bom já faz tempo. Tento como último recurso a memória, tento me lembrar do que você diria caso estivesse aqui e não funciona, você não está mesmo. Talvez quando leia isso seja um pouco tarde, talvez eu tenha morrido em alguma coisa mais um pouco e você achará que estarei viva e será mero descaso. Não faz mal. Aliás, faz mal sim, estou tentando desistir de novo, é, eu ainda não acabei com aquela dramaticidade toda nem aquela palhaçada da desistência, mas dessa vez eu juro que não é pra te chamar atenção, antes fosse, você viria correndo e dessa vez você não vem. Não, não se sinta culpado nem fique preocupado, só está me dando uma vontade de gritar, desabafar, por isso te escrevo, em você (e somente você) eu confio, sabe que eu não sou muito de ter amigos, apesar de ter os melhores. Estou verdadeiramente triste, talvez se alegre um pouco com a noticia de que eu tenho conseguido disfarçar bastante, tenh tentado me distrair também, mas até as distrações são solitárias, né? Você não tem qualquer parcela de culpa nisso, você não tem nada a ver, na verdade, mas recorrendo a você eu tento me lembrar, me sentir, me ver da maneira bonita que eu era, até mais que isso, tento fingir que é real que vale a pena .

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