quarta-feira, 19 de maio de 2010

Àqueles ventos.

Perdi um pedaço de mim, o que não me doeu e também não me matou. Mas que eu perdi um pedaço que me faz falta, eu perdi, talvez volte, sei lá. Só que perder um pedaço não é tão ruim quanto ficar vazio, é a minha cabeça que anda procurando um outro pedaço para pôr no lugar. Ando muito longe, por sinal, outro estado, quem sabe. Mas algo em você me prende, talvez essa necessidade de alguém que saiba justamente não caber dentro de si. É na sua liberdade que eu quero carona, que eu quero e posso ser livre, saber o custo do teu sorriso e armagura dos teus olhos que fazem além de ver é o que me fascina. E me invade mais ainda ao me apresentar o novo, o que desconheço, aquilo a qual ainda não tive a vivência de experimentar. Pelos próximos dias, eu tenho certeza que você sabe onde me encontrar, que virá a hora que quiser, sem esperar nada, sem pressa, não sei, eu realmente não sei o que esperar de você. De todas as pessoas belas que já conheci, você é a menos previsivel. Quero que aqueles ventos vindo de longe valham mais que qualquer carnaval.




Rosa Bordada na Cabeça

Tenho pensado com tal urgência shakespeariana
em me afogar em seus quase cachos,
para nos levar quem sabe à Zeta Reticuli,
ou pelo menos Lumiar...

Sei lá,

deixar de beber por alguns meses ou décadas
e só tragar você que tem um gosto tão bom
de essências piradas ainda não catalogadas...

Só pelo estalar de um delicioso
beijinho, deu pra saber.

Chego a ter imensa pena de ti,
que jamais em toda sua vida,
poderá, um milésimo sequer, provar você. 


por Talles Machado Horta

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