quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sinfonia em Paris.

Hoje entrei na paz de Gene Kelly, sentei em frente a tevê e me preparei para assistir por duas horas seguidas, menos até, um musical. Me senti leve na simplicidade e na riqueza de detalhes do cinema na época dos grandes musicais. Te faz esquecer o mundo em meio a Pais, Gene Kelly, Leslie Caron e sapateado. Não queria estar em outro lugar, mentira, talvez do outro lado da tela arriscando alguns passos com Gene e sua genialidade, sua expressão corporal e beleza ao sapatear. Não entendi muito bem o que me ocorreu, de repente, comecei a pensar que a vida em si podia ser um musical, me faz rir a maneira como a cena é interrompida para uma dança coreografada e uma cantoria da qual todo mundo na cena domina, dos atores principais até os figurantes, e depois volta tudo ao normal como se nada tivesse acontecido, mas comecei a abrir um sorriso bem maior quando pensei que se a vida real fosse um musical, seria uma porcaria, as pessoas não cantam tão bem ou tem ritmo o suficiente pra manter uma dança qualquer, muito menos, sensibilidade. E esse sorriso foi sumindo aos poucos quando tornei a pensar que a vida não tem ensaio nem sequencia de cenas tão interessantes assim, felicidade dura o tempo do sapateado e mais nada, depois, só no final e chegar ao final, custa. Mas não me importava pensar mais que isso, obriguei minha mente a parar. E me entreguei de novo àquela dança que fica perfeita quando os protagonistas ficam juntos, dançam juntos, se amam, se beijam, se completam... de repente...e se...?

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