sábado, 8 de maio de 2010

Inefável.

E eu? Quanto a mim? E se eu precisar? Está certo que todos andam dizendo que ando sumida, que precisam de mim, que faço falta. Mas torno a repetir: e quanto a mim? Eu também estou me fazendo falta, não que a minha mágoa ou essa ausência de paz que me incomoda tanto seja mais importante do que a dor de qualquer outro, mas quem tornará a me procurar só pra me ajudar a saber onde estou? Talvez não aja ninguém. A verdade é que desde que as palavras anunciadas me feriram, eu deixei de acreditar, alguma coisa dentro de mim está em morte constante, em plena desordem e não dá pra retirar, voltar de onde paramos, sei que preciso seguir em frente, tenho tentado ao meu modo, fazendo aos poucos o que tenho por orgulho, mas nem esse me sobrou muito. Percebi o quanto deixei de ser o que era porque confiava demais em você, mais até do que em mim. Não faz mal, não pra você, também não dói tanto assim, só quando eu respiro.

[...]

Eu ri quando ela me disse que eu era inefável. De todas as coisas que poderia ser... não estou nada.

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